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Caixa completa reflexos e refrações (7 livros)

Preço:

R$349.30
1

Número de páginas:
936
Dimensões:
19 × 14 × 13.5 cm
Ilustração:
Marcia Albuquerque
Assuntos:
ISBN:
978-65-86733-46-4

Sinopse

Caixa completa reflexos e refrações (7 livros)

Cabala e a arte de manutenção da carroça

Quando algo que você esperava não dá certo, você lamenta, mas segue em frente, revendo processos ou aproveitando novas oportunidades criadas pelo “problema”? Ou se atormenta pensando no que poderia ter feito para evitá-lo, ficando paralisado, sem saber o que fazer, ou, pior, insistindo em agir da mesma forma – e que fatalmente irão levá-lo ao mesmo erro? Em geral, boa parte das pessoas vive o segundo caso. A falta de habilidade em lidar com as expectativas e a tentativa permanente de evitar o risco levam as pessoas a mergulhar no que o rabino Nilton Bonder chama de tsure, termo em iídiche para a aflição gerada pelos infortúnios. Diante desse cenário, o rabino indica que a solução é abraçar o risco e incorporá-lo, para que ele possa ser gerenciado, já que ele não pode – nem deve - ser evitado.

É esse conceito que o autor desenvolve em A cabala e a arte da manutenção da carroça – Lidando com a lama, o buraco, o revés e a escassez. O lançamento é o primeiro volume de uma série de sete livros inspiracionais sobre comportamento sob a ótica da cabala. Bonder diz que o risco é uma condição comum ao humano, afinal “o perigo é uma epiderme que roça a vida”. “Flertar com o risco mostrou-se um recurso inestimável para nossa civilização”, diz o autor.

Por meio de uma escrita sucinta, de leitura rápida, mas muito aprofundada, Bonder abre os capítulos contando sempre uma fábula. A estrela dessas histórias é sempre a figura da carroça, uma espécie de startup dos tempos antigos, que reunia inovação, engenharia e energia transformadas em negócio em si – os produtos eram vendidos sobre as próprias carroças sobre os quais eram transportados – e também era um instrumento de prospecção de novos negócios e oportunidades: “Antes de o mundo se concentrar em metrópoles e dispor de meios avançados de comunicação, a carroça era a loja-escritório e a empresa. De um ponto de vista simbólico, a carroceria representava o produto/mercadoria; as rodas, o marketing; e o cavalo, as vendas. O mercado, por sua vez, era o caminho por onde transitava a empresa, enfrentando entraves e contratempos”.

É a partir do que acontece com as carroças nas histórias – ela fica atolada na lama, ela tomba, o cavalo que a transporta morre – que o autor utiliza os princípios da Cabala, como a teatralidade – quando um objeto ou situação é decomposto em quatro diferentes esferas – para analisar os riscos nas quatro formas elencadas pelo rabino: a lama, que se dá no plano físico e representa a vulnerabilidade; o buraco, que se dá no plano emocional e representa a incerteza; o revés, que se dá no plano intelectual e representa a complexidade, e a escassez, que se dá no plano espiritual e representa a ambivalência (a escassez pode ser apenas uma forma na qual a abundância se apresenta ou se oculta). A partir dessa estrutura, Bonder oferece aos leitores a possibilidade de avaliar os riscos, abraçá-los e virá-los a seu favor, mantendo a “carroça” (negócios, planos, projetos) em plena atividade.

Cabala e a arte do tratamento da cura

Dando sequência à série Reflexos e Refrações, permeada dos ensinamentos sapienciais da cabala, este segundo volume – Cabala e a arte do tratamento da cura – desenvolve uma reflexão sobre os impactos da doença e da cura na alma humana. Estamos habituados a tratar de doenças, processo que costuma se encerrar com o desaparecimento dos sinais e sintomas da enfermidade. Em Cabala e a arte do tratamento da cura, a intenção não é falar sobre procedimentos médicos ou drogas farmacêuticas, o foco é bem mais abrangente: a dor, o sofrimento, a solidão e o desespero das pessoas que adoeceram. Partindo do princípio de que “a vida é um projeto para realizar um propósito”, o corpo é entendido como um sistema particular que interage com o sistema externo. O tratamento, portanto, deve procurar a harmonia entre o “bem estar” e o “bem ser”. A resposta ao estímulo doloroso depende de caraterísticas individuais, valores pessoais, estado psicológico e fatores culturais. A função do tratamento deve ir mais longe do que a administração de lenitivos destinados a reduzir a intensidade da dor física. A segunda parte do livro é dedicada ao combate à dor, ao sofrimento, ao desespero e à solidão por abordagens que o autor denominou de “antídotos”, tratamentos para os mais variados tipos de cura. Ele considera que os analgésicos e anestésicos disponíveis hoje permitem que a pessoa mais simples possa viver com um grau de dignidade que nem os reis do passado conseguiram, mas que devemos levar em conta que o papel da cura é restabelecer o equilíbrio. Escrito por um rabino, este não é um texto religioso para os que professam a mesma fé, é um livro transformador, muito bem escrito, que se propõe a analisar a essência da vida, “esse espetáculo único na aurora existencial”. - DRAUZIO VARELA

Cabala e a arte de preservação da alegria

Como dizia Jack, o estripador, vamos por partes. No caso, a “orelha”. A orelha do livro, é claro.
Cabala e a arte de preservação da alegria não é uma reunião de anedotas nem uma seleção de narrativas cômicas, mas tem muita graça. Vou explicar.

Ao longo de uma narrativa leve e divertida, o rabino Nilton Bonder nos conduz por uma reflexão profunda sobre a Alegria em si, definindo-a como um dom que nasce com cada um e não um atributo que se consegue comprando coisas ou conquistando posições. Mas, como salienta o autor: “a vida é uma festa e não podemos ficar fora dela.” Então, como fazer coabitar na alma a Consciência sem perder a graça, uma das qualidades intrínsecas da alegria?

Através de contos, parábolas e vivências pessoais, Bonder analisa e explica que a Alegria é composta por quatro qualidades: o gosto, a sinceridade, a autenticidade e a graça. Em contrapartida, enfrentamos também os quatro desafios da tristeza: o dissabor, a feiura, a falsidade e a desgraça.

A Alegria está na essência do viver – assim como a tristeza. Como poderíamos usufruir de um instante de alegria se não existissem momentos tristes pelo caminho?

“É preciso sentir tristeza para que ela dê lugar a alegria.” Ao contrário da felicidade, considerada intangível, a Alegria está ali, ao nosso alcance, e precisa ser preservada. E aí está o mistério do transitório.

Sou humorista, ganho a vida provocando a Alegria nos outros, porque isso também me traz Alegria, além de pagar as contas, admito.

Dedicar alguns momentos à leitura de Cabala e a arte de preservação da alegria vai trazer a você momentos de reflexão, compreensão e por vezes até apreensão, mas, ao final, eu prometo, dá-se a conciliação da Consciência, e de nós mesmos, com a Alegria. Vamos juntos?

- MARCELO MADUREIRA, Casseta & Planeta

Cabala e a arte de apropriação do sexo

Dando sequência à série
Reflexos e Refrações, permeada dos ensinamentos sapienciais da cabala, este quarto volume –
Cabala e a arte de apropriação do sexo – aborda questões da sexualidade, localizando-a na interioridade do próprio indivíduo.


"Excetuando-se a experiência do 'ser', de existir, o sexo é o aspecto mais importante de um indivíduo."

Assim começa este livro que o rabino brasileiro Nilton Bonder acaba de escrever, no qual, confesso, não esperava ler coisas como: "O prazer é a exteriorização física da apropriação de si mesmo por meio de uma torrente energética que aprofunda e refina a habilidade do ser."

A associação da palavra "possuir" com a sexualidade provém de ser o sexo uma experiência de desfrute, de uso de si mesmo, não do outro. A intimidade é a apropriação de si através de um outro; ela projeta o ser para além do corpo, fazendo com que ele experimente uma parte de si que só existe em relação ao outro.

Quando comecei a ler este livro, uma interrogação se fez em minha cabeça: ele está falando de assuntos religiosos? Do sexo fora da religião?

Entendi, então, que Nilton apresenta uma maneira atual, moderna e, ouso dizer, transgressora de se referir a um assunto que ainda hoje não se fala nas casas das pessoas e sobre o qual nunca ouvi uma palavra sequer dentro da minha. Em minha casa e na minha adolescência, nunca ninguém me disse ou explicou alguma coisa com relação a esse assunto.

Penso que hoje em dia já seja um pouco diferente, mas sem a clareza e a profundidade necessárias como aqui estão expostas.

-

NEY MATOGROSSO

Cabala e a arte de apreciação do afeto

Dando sequência à série Reflexos e Refrações, permeada dos ensinamentos sapienciais da cabala, este quinto volume – Cabala e a arte de apreciação do afeto – aborda questões relacionadas aos afetos e como os apreciamos, revelando aspectos profundos do funcionamento do ser humano.

Do que somos feitos nós, seres humanos, tal que nos distinguimos de tudo o mais que povoa o universo? Se nos tempos atuais o estudo da mente toma o nome de Psicologia, em todas as culturas encontramos uma visão da natureza humana, a qual se coaduna com as ideias daquela civilização sobre o que é, ou seja, sobre a realidade em geral.

Do ponto de vista psicológico, um fator que singulariza a vasta literatura judaica é o seu robusto realismo: sendo a psique humana constituída por forças e tendências contraditórias, todos e cada um dos seus componentes são indispensáveis ao seu funcionamento adequado. Esta tese leva em conta que os impulsos fundamentais não podem ser suprimidos – não somos anjos – e, por isso, toda tentativa ascética de silenciá-los está fadada ao fracasso.

Por outro lado, para que seja possível a vida em sociedade é necessário que eles sejam submetidos a um processo “educativo” ou “civilizatório” – sinônimos sob a pena de Bonder – e é justamente a interação paradoxal entre ambas as vertentes o fio condutor das análises que nos aguardam no decorrer destas páginas.

Como bússola, elas tomam a distinção entre existir e viver, o primeiro sendo o modo de ser dos seres inanimados, plantas e animais.

No nosso caso, porém, a ele se acrescenta a vida propriamente dita, que consiste na dinâmica dos afetos. A palavra afeto não designa aqui o “terno” (“afetuoso”), mas a força com que algo impacta outro algo, e em particular o que faz com que um ato humano produza efeitos tanto em quem o realiza quanto naquele ou naqueles a quem é dirigido. Por sua vez, os afetos são constantemente objeto de apreciação, isto é, de uma avaliação, que a razão e a consciência efetuam por meio de comparações calcadas em valores e princípios.

Com esses instrumentos de base, Bonder vai construindo em linguagem clara e acessível um sistema de conceitos para situar as várias dimensões em que operam os impulsos fundamentais. Cada momento da argumentação é ilustrado com uma história, parábola ou frase extraída da literatura rabínica, que o autor interpreta com criatividade e sutileza.

Assim, do Talmude aos rebes hassídicos e a filósofos como Martin Buber, descortinamos um panorama ao mesmo tempo exigente do ponto de vista ético e tolerante frente à fragilidade intrínseca de quem foi feito “do pó da terra”. O ápice desse percurso pelos mecanismos da alma é a discussão do vínculo, a forma mais elevada de relacionamento de que somos capazes. E por quê? Porque “há respostas e revelações no outro que você jamais conhecerá em si”.

Nilton Bonder é escritor, rabino e autor de dezenas de livros, dentre eles o best seller A Alma Imoral

Cabala e a arte do investimento do poder

Dando sequência à série Reflexos e Refrações, permeada dos ensinamentos sapienciais da cabala, este sexto volume – Cabala e a arte de investimento do poder – tem como objetivo explorar os agentes do poder representados pela competição e pela cooperação e suas diversas formas de aplicação: a força, a honra, o saber e a riqueza.

O PODER E O BEM

Nilton Bonder escreveu um livro impactante, lançando um olhar ousado, criativo e original sobre um dos temas mais antigos da história da humanidade: o poder, seu fascínio e sua perdição. No mundo desencantado da pós-verdade, dos fatos alternativos, da desinformação, do conhecimento ligeiro, da superficialidade geral e da polarização intelectualmente desonesta, surge um sopro de razão, de erudição desafetada e de superação das obviedades triviais.

As ideias do poder como disposição para viver as ambições – as legítimas, não as tirânicas –, sua decomposição nas categorias da competição e da cooperação, bem como a descrição dos investimentos próprios para o seu exercício qualificado, vêm acompanhadas de insights luminosos, extraídos da vivência espiritual do autor, da filosofia e da sabedoria judaica, lembrada a cada passagem.

Forte é quem domina os próprios impulsos. Honrado é quem honra os outros. Sábio é quem aprende com todas as pessoas. Rico é quem se contenta com a própria porção. Lições eternas, que combinam sabedoria e humildade, mas sem ingenuidades ou idealizações. A ênfase na objetividade do poder e sua conexão com a realidade permeia toda a obra. Na imagem do autor, como as raízes, o poder corta a terra e contorna as pedras. E, claro, sempre no interesse próprio.

Pelo caminho, o leitor ainda encontrará o wit de Nilton Bonder, algumas pérolas do seu pensamento. Entre elas: perde-se a sabedoria quando se misturam as opiniões e a verdade; descobrir-se vulnerável à sua natureza é, em si, um ato de poder; a ideologia é o grande desinvestimento do saber. E, por fim, tão atual como nunca: sem honra, um líder é um déspota, alguém que usa o poder para si e, ao mesmo tempo, contra si.

O leitor tem em mãos um livro que combina, com brilho invulgar, pragmatismo, idealismo e espiritualidade.

- LUÍS ROBERTO BARROSO, Ministro do Supremo Tribunal Federal

Cabala e a arte de presenciar o ritmo

Finalizando a série
Reflexos e Refrações, permeada dos ensinamentos sapienciais da cabala, este sétimo volume –
Cabala e a arte de presenciar o ritmo – aborda questões sobre desenvolvimento e amadurecimento em uma intrincada relação de transformações ao longo dos tempos ritmados da existência humana.

O CANTO DA TRANSFORMAÇÃO

O tempo nos comove, fascina e amedronta. O tempo – sua passagem, nossa imersão nele – é o maior dos mistérios, o fato de estarmos presos ao seu fluir. Pois se somos livres para nos mover no espaço, o tempo parece ter seus próprios planos, independentemente da nossa vontade. A árvore, seu tronco, símbolo essencial deste livro fascinante, representa o tempo no espaço, em constante mudança, mesmo que de forma imperceptível aos nossos olhos. Como disse o Rabi Uri: ""Faça podas na árvore e a proteja de vermes e, no tempo certo, ela crescerá.""

Essa é a metáfora central da nossa relação com o tempo. Aprenda a viver dentro do tempo e não com medo dele; não lute contra a sua passagem, abrace as mudanças que vêm no curso da sua vida. Não se sabe como uma árvore podada vai crescer, a direção dos novos galhos. Assim como nossas vidas. Dentro do tempo em que existimos, temos a liberdade de podar nossos galhos que já não crescem. Temos a liberdade de nos proteger dos vermes que vão nos atacar. Essas são as escolhas que importam, as que nos farão florescer, como a árvore que não vemos mudar, mas que muda a cada instante.

Existe um lirismo profundo na visão do rabino Nilton Bonder, que relaciona o tempo a um canto, o canto de tudo o que existe no universo, vivo ou não. Este é o canto da transformação, o fluir das coisas que marcam a passagem do tempo. Das nuvens de hidrogênio a uma estrela e os planetas, de uma semente a uma árvore e os frutos que comemos, da primeira batida do coração de um feto no ventre de sua mãe, do primeiro ao último respirar de cada um de nós. A vida é um ritmo marcado pelo bater de nossos corações, pelo ar que entra e sai de nossos pulmões, pela interdependência dos ritmos de todas as coisas; a sinfonia da existência orquestrada pela passagem do tempo. O tempo é a ponte que nos une à totalidade da Criação.

- MARCELO GLEISER, Físico e astrônomo

Autor

Rabino Nilton Bonder é um escritor com 19 livros publicados. Reconhecido nacional e internacionalmente como pensador nas áreas de humanismo, filosofia e espiritualidade, seus trabalhos fizeram grande sucesso nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia. É autor, entre outros títulos, de O sagrado, Tirando os sapatos, da trilogia composta por A Cabala da comida, A Cabala do dinheiro e A Cabala da inveja e Exercícios d’alma.