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Em A flauta do tatu tudo gira em torno do prato predileto da onça. Advinhem qual era? Sopa de tatu, claro. Pelo menos era isso que ela alardeava aos quatro ventos e, inclusive, na cara do pobre coitado. O tatu ficou tão contrariado que inventou uma canção ridicularizando a onça. Quando ela soube, não vacilou e partiu para tomar satisfação.
Nos contos populares brasileiros, a onça sempre representou o poder despótico. Contra ela, surge, em cada história, um animal que, por meio da inteligência, consegue driblar a adversária e, na maioria das vezes, levar a melhor na disputa.
Os três títulos da coleção Virando onça – A casa da onça e do bode, O bicho folharal e A flauta do tatu – trazem textos tradicionais protagonizados por este personagem tão familiar à imaginação do povo, e recontados com novos sons e novas cores criados por Angela Lago, grande artista da palavra e da imagem.
De estilo literário sucinto e divertido, com ilustrações vibrantes e muito bem-humoradas, os livros garantem a atenção tanto de leitores iniciantes quanto daqueles já com bastante experiência.