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Reunidas em um único livro, as novelas Efeito suspensório (1993) e Goldstein & Camargo (1994) são exemplos do que há de melhor na prosa contemporânea brasileira. A primeira nos apresenta a vida de Libero Serra, um economista frustrado que tenta encontrar a redenção no teatro e acaba seduzido pelas promessas de um empresário que lhe propõe uma parceria envolta em mistérios. A sociedade entre dois estranhos que têm suas vidas unidas também é um dos temas abordados em Goldstein & Camargo, uma investigação sobre a curiosidade diante do insondável que existe no outro.
Duas novelas conta ainda com um belo prefácio escrito pelo crítico Manuel da Costa Pinto, para quem as narrativas de Bernardo Ajzenberg criam uma familiaridade ilusória que, gradualmente, é impregnada por obsessões e fantasias que acabam embaçando o que antes parecia límpido. O resultado desse percurso é o assombro diante das armadilhas e tramas de uma existência cujas preciosas nuances muitas vezes ignoramos.
Combinando diversas vozes literárias em enredos engenhosos, Ajzenberg tece a história de homens partidos que, embalados por forças obscuras, acabam se tornando personagens de uma novela absurda.
Bernardo Ajzenberg foi agraciado em 2002 com o prêmio Ficção do Ano da Academia Brasileira de Letras por A Gaiola de Faraday, finalista do Prêmio Jabuti em 2005 por Homens com mulheres, finalista em 2009 do Prêmio Portugal Telecom por Olhos secos, entre outras distinções que o tornam importante nome para a literatura nacional contemporânea.