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O lucro sempre foi música para os ouvidos de Gene Simmons. Cérebro e língua à frente do Kiss, esse israelense crescido nos EUA e transformado em um legítimo self made man – figura mitológica do capitalismo norte-americano – pode ser responsabilizado pelos cem milhões de discos vendidos pelo maquiado grupo que fundou no começo dos anos 1970, ao lado de Paul Stanley, e que ainda hoje encontra-se ativo e barulhento.
Simmons, 1,88m, sempre subiu nas botas de cano altíssimo para garantir que o hard rock do seu grupo tocasse em sintonia com o barulho das máquinas registradoras. Camisetas, bolsas, bonés, bonecos, histórias em quadrinhos, jogos, filmes... o Kiss fez dinheiro em tudo em que colocou a sua inconfundível marca. Individualista assumido, Simmons foi além. E não por acaso, seu livro tem o título Eu, S.A.
Sem muitas papas no referido órgão muscular alongado, esse mestre do marketing pessoal disseca seu próprio lema – Construa um exército de um homem só, liberte seu deus interior (do rock) e vença na vida e nos negócios – em uma divertida e incorretíssima série de dicas, que chama de “13 princípios para o sucesso, para se chegar no topo. No topo de uma montanha de dinheiro”.
“Parceiro” de 4.600 mulheres (contas do próprio músico), dono de uma linha de baixo com seu nome, estrela de reality shows, astro de cinema bissexto e personagem de videogames, Simmons dá conselhos extremos aos seus seguidores sobre amigos, namoradas e até férias (“Não tire”, ordena, usando o comando de voz do seu iPhone, Siri, com o qual fez boa parte do livro). No percurso, revê, de forma dura, mas sincera, boa parte da história (de negócios) do rock e do show business americano. E ressalta, no final, sem perder o tom: “Isso se chama negócios, não amizade.”