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Sabe família bagunçada? Não o lado bom da bagunça, se é que você me entende. É aquela bagunça pesada, que dá trabalho de arrumar, que te faz dar um suspiro desanimado quando olha para ela. Renato, o meu terapeuta, prefere que eu use a palavra “desorganizada”, acha mais apropriada. Na minha opinião, ele deveria ser santificado, assim como todos os psicólogos especialistas em adolescentes. Ah! Não me venha com ruguinha de confusão entre as sobrancelhas! Somos intensos, prolíficos, impacientes e dramáticos; não deve ser nada fácil cuidar da nossa cabeça.
Eu vinha ensaiando contar tudo há alguns Natais. Ninguém sabia o que estava entalado dentro de mim como a farofa seca e sem gosto da minha mãe. Fazia anos que o meu estômago queimava dia após dia só de pensar em falar tudo para eles.
No meu aniversário de 15 anos, então, eu tive a certeza de que estava com a idade perfeita para o desabafo perfeito. No primeiro minuto do dia 25/12 do próximo ano, a família Lobo saberia, enfim, que eu gosto de garotas. Eu estaria cursando o ensino médio agora, amadurecida, analisada, mais serena. Estava confiante de que seria suave, leve.
Só que nada aconteceu como eu imaginava.
“Nesta linda história de descobertas e amor, me vi — como mulher, gay, filha, mãe e irmã — inúmeras vezes não só na Natali, mas em várias personagens da vida dela. O nome disso é ‘representatividade’. Aprendi que essa palavrinha salva vidas. Que, com a sua força, este livro chegue em todos os cantos do mundo para jogar luz e salvar todas as Natalis que existem por aí. Definitivamente necessário! Definitivamente para toda a família!” — Fernanda Gentil