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Para os historiadores, o mais importante acontecimento dos últimos 500 anos. Para os contemporâneos, uma fronteira entre gerações. Para o leitor, fonte inesgotável de fascinantes e perturbadoras histórias. A Segunda Guerra Mundial, qualquer que seja o gênero do relato – semificcional ou real, individual ou coletivo –, representa o confronto entre o fanatismo e o idealismo, entre barbárie e solidariedade, entre rancor e amor.
A experiência e a diligência de Heliete Vaitsman como jornalista e sua sensibilidade como observadora da condição humana trazem o extermínio dos judeus na Letônia em 1941 para as margens da Lagoa Rodrigo de Freitas no Rio de Janeiro e convertem os românticos pedalinhos onde tantos se deleitavam em coadjuvantes de uma das maiores tragédias do nosso tempo.
O cisne e o aviador é um conjunto de histórias entrelaçadas, retrato de corpo inteiro de Herberts Cukurs, o lendário piloto letão que se refugiou no Brasil depois da guerra, e vinte anos depois foi misteriosamente assassinado em Montevidéu.
Quem o matou e por quê? Apesar das terríveis evidências, a Segunda Guerra continua como símbolo da interminável busca da verdade.
– ALBERTO DINES