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No princípio era o Verbo.
Era mesmo?
Antes de tornar-se um romancista campeão de vendagem, Tom Wolfe foi um jornalista desbravador. Agora, o magistral contador de histórias dirige sua atenção ao mistério por trás da criação de sua ferramenta mais importante: a linguagem.
Em O reino da fala, Wolfe tenta alterar paradigmas com um polêmico argumento: o de que a fala, e não a evolução, é a responsável pelas complexas sociedades e conquistas da humanidade. Começando no século XIX com Alfred Wallace, o inglês autodidata que formulou antes de Charles Darwin a teoria da seleção natural, mas que depois renunciou a ela por sua incapacidade de explicar a fala humana, e chegando aos neodarwinistas, que durante anos argumentaram que existe um “órgão da linguagem” no cérebro humano, Wolfe examina os repetidos esforços e fracassos da ciência na tentativa de explicar o dom da fala.
Na atualidade, Wolfe aborda a obra controversa de outro outsider, o linguista Daniel Everett. Após estudar por trinta anos a tribo pirahã no interior da Amazônia, Everett revelou um povo cujo nível pré-histórico de fala levara a uma sociedade sem religião, cerimônias, hierarquias, casamento ou ornamentos, e sem a capacidade de planejar o futuro ou considerar um passado, apenas o presente, desafiando, assim, a visão convencional de que a linguagem já vem programada nos seres humanos.
Com espirituosidade mordaz e humor cáustico, Wolfe revela os zigue-zagues secretos, solenes, sérios e cômicos da história de como a evolução, de Charles Darwin a Noam Chomsky, é falha na explicação das origens da linguagem, além de mostrar a importância eterna dos outsiders corajosos na derrubada de nossas arraigadas ideias acerca de nós mesmos. Polêmico e vigoroso, este mais recente tour de force épico de Wolfe vai dar o que falar.