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O narrador desta epopeia elíptica nos conta a história de um futuro muito distante, em um tempo em que novos paradigmas eram criados e seres humanos usavam computadores implantados no cérebro.
Na noite de seu aniversário de 7 anos, Pedro ganha um irmão de mesmo nome. Passa a se chamar Pedro Velho – seu irmão, Pedro Novo. O aniversário dos irmãos é também data da morte da mãe dos meninos e de uma irmã, natimorta. Pedro Novo e Pedro Velho, num jogo de espelhos, passam a viver, a partir de então, num tempo próprio, que se expande e dilata, encolhe e se estreita.
Na casa dos Pedros, perde-se a chave do cadeado da porta, os vizinhos desaparecem e ninguém sente a necessidade de sair. É sempre noite. A festa junina da noite de 17 de junho de 1962 se repete, sem cessar, com o passar dos anos. Na mesa da sala de casa, o pai procura insistentemente no rádio o resultado de um jogo ocorrido naquela mesma noite de junho. Mas como saber o resultado se a noite nunca acaba? Entretanto, o tempo passa.
O título reviravolta remete à antiga “peripéteia” dos gregos (em português, “peripécia”) que significa, literalmente, “a volta-do-destino”. Ao invés de desdobrar os eventos, a reviravolta os redobra de fora para dentro, fazendo com que a sombra das coisas envolva as próprias coisas. Os acontecimentos, aqui, não progridem linearmente: eles se “engolem um ao outro”.