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Desde que perdeu a visão, Parker estabeleceu uma série de regras e rotinas para si e para o mundo. Ela não quer ser tratada diferentemente por ser cega, e muito menos que tirem proveito da situação. Scott Kilpatrick é a pessoa que mais sabe disso, pois foi banido da vida de Parker depois de quebrar a mais importante das Regras. Mas agora muitas coisas estão diferentes. Alguns anos se passaram, seu pai morreu e sua tia se mudou com os filhos para sua casa. Cercada por pessoas que não conhecem suas Regras nem sua rotina, Parker precisará se adaptar ao novo. E isso não vai ser fácil agora que Scott, a pessoa que mais a magoou, está de volta. Ela sabe muito bem como reagir a isso: não se aproximando dele. Afinal, ela tem muitas coisas com o que se preocupar. Além do time de corrida da escola – sim, suas pernas funcionam muito bem –, ela ainda oferece conselhos bem racionais e sinceros para seus colegas e, claro, tem que lidar com o luto pela perda de seu pai. Mas Parker vai perceber que evitar o passado não é uma boa forma de lidar com seus problemas e que sua cegueira não é desculpa para ignorar o que acontece ao redor. Ao descobrir coisas que ela nunca imaginou, vai perceber que nem tudo é o que parece, que se abrir pro outro pode ser importante e – mais difícil ainda – que se abrir para si mesma é essencial.