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Eis um paradoxo com o qual temos de lidar: a noção de tempo é a ferramenta fundamental e, ao mesmo tempo, o maior obstáculo para o pensamento. Sua utilidade prática é tão grande quanto a limitação que impõe às nossas perspectivas. Mas seria possível imaginar algo fora do tempo? Por que valeria a pena meditar sobre outra dimensão na qual nada nasce ou morre e os relógios simplesmente não fazem sentido?
Deslocar-se no tempo, visitando o passado e o futuro, é um desejo antigo que nos fascina até hoje. Bebendo na sabedoria ancestral do misticismo judaico e em diversas outras fontes teológicas e filosóficas, Nilton Bonder nos propõe um desafio ainda mais audacioso: uma viagem em busca do sempre, algo eterno, anterior ao próprio tempo. O sempre, nos explica Bonder, está em tudo, mas não pode ser captado por nosso raciocínio temporal. É nessa dimensão espiritual que, segundo os ensinamentos judaicos, encontramos Deus.
Extrapolando a dimensão racional em busca de uma percepção cósmica, Bonder discorre sobre as características de cada um dos tempos – o antes, o agora e o depois – e nos leva a refletir sobre os aspectos transitórios e eternos de existência, sempre esbarrando em temas como a mortalidade, a origem e a crença.