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Graças às redes sociais e aos novos aparatos da era digital, os fãs deixaram de ser encarados como seres extravagantes ou meros consumidores para se transformarem em poderosos formadores de opinião. As campanhas e os eventos que os Fandoms organizam são capazes de assegurar o sucesso ou de condenar ao fracasso tanto produtos quanto empresas, pois assim como um boicote pode destruir um projeto milionário, um buyout pode catapultar um produto até a estratosfera.
Ninguém ignora que os fãs são capazes de feitos espetaculares na ânsia de externar o seu amor pelos ídolos de carne e osso ou mesmo os abstratos, como os heróis literários ou cinematográficos. Mas os fãs reunidos nos Fandoms, que cultuam não apenas pessoas ou personagens como também marcas, produtos, parques temáticos, franquias cinematográficas, séries televisivas e uma infinidade de outros objetos de desejo, são capazes de proezas verdadeiramente inacreditáveis. Façanhas como as de forçar uma poderosa multinacional a rever seus métodos de produção, para adotar políticas sustentáveis e deixar de explorar o trabalho infantil e pagar salários aviltantes aos seus funcionários. Fandoms também são capazes de “ressuscitar” produtos há muito descontinuados, como a Coca-Cola Company fez com o refrigerante Surge, ou as câmaras e filmes instantâneos Polaroid em plena era da imagem digital que deveria ter condenado o processo ao sepultamento inescapável.
Em Superfandom, Zoe Fraade-Blanar e Aaron M. Glazer efetuam uma brilhante síntese histórica, sociológica e psicológica do mundo dos fãs, analisando com profundidade e bom humor uma série de casos reveladores da atual economia dominada pela cultura dos Fandoms. Assim, se impõe como o guia perfeito para quem deseja saber de onde viemos, quem somos e para onde vamos no mundo dos negócios da era digital.