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“E quem lhe disse que os homens de gênio, respeitados pelo mundo inteiro, não tiveram visões? Diz a ciência de hoje que o gênio está muito próximo da loucura. Creia-me, as pessoas saudáveis e normais são vulgares: o rebanho.” Com estas palavras, o Monge Negro, que não passava de uma alucinação, estimulava o escritor Kovrin a mergulhar na loucura gerada pelo seu próprio talento criador. “A lenda da figura fantasmagórica que surge para um intelectual, como a projeção de seus conflitos espirituais”, afirma a apresentação desta novela inesquecível, “é a um tempo um reflexo da tumultuada religiosidade da alma russa e uma premonitória visão dos abismos do subconsciente, que a ciência da época ainda estava longe de devassar. E é, sobretudo, uma impressionante visão do drama existencial que ia na alma de Anton Pavlovitch Tchekhov, entregue aos embates da sua própria genialidade.” Lançado pela primeira vez em língua portuguesa, em tradução direta do original, esta obra-prima do grande escritor russo é bem um exemplo dos extremos de expressividade a que chegou sua prosa incomparável.